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18 de Abril de 2024

Governo tomará 'providências' para extradição de Pizzolato, diz Cardozo

Publicado por Patricia Francisco
há 10 anos

Ministério comunicará STF para que a Corte solicite a volta do condenado.Foragido, o ex-diretor do BB foi preso nesta quarta-feira (5) na Itália.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quarta-feira (5) que tomará “todas providências necessárias” para que o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato seja extraditado da Itália para o Brasil.

Nesta terça, a Polícia Federal informou que Pizzolato, único dos 25 condenados considerado foragido no processo do mensalão, foi preso na Itália. De acordo com a PF, a operação foi em conjunto com a polícia italiana. Cardozo disse que informará o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, da prisão do ex-dirigente do BB para que a Corte formalize o pedido oficial de extradição ao governo italiano.

“É nosso dever, assim o faremos. Uma vez que há mandado de prisão, comunicaremos ao Supremo da prisão e tomaremos todas as medidas necessárias [para que Pizzolato cumpra a pena no Brasil]”, afirmou Cardozo durante coletiva de imprensa na sede do Ministério da Justiça.

Entenda como funciona a extradição

Procuradoria Geral

Após a prisão de Henrique Pizzolato vir à tona, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou, por meio de nota, que já iniciou as providências para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão que estava foragido e foi preso na Itália.

Janot destacou, na nota, que cabe ao procurador-geral provocar o Supremo e o Ministério da Justiça para a formalização do pedido de extradição.

José Eduardo Cardozo afirmou que o Brasil respeitará a decisão que for tomada pelo governo italiano a respeito do pedido de extradição de Pizzolato. Em 2011, o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, rejeitou extraditar o ex-ativista italiano de esquerda Cesare Battista, condenado à prisão perpétua na Itália por assassinato. O episódio gerou mal estar entre o Brasil e a Itália.

“O Estado italiano tem seus órgãos judiciais e eles são competentes para analisar a matéria. Ao Brasil cabe pedir a extradição e assim o faremos. A partir daí a justiça italiana decidirá. A Itália é um país soberano e nós acataremos a decisão que será tomada por aqueles órgãos judicias”, destacou o ministro da Justiça.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Sua prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o julgamento do último recurso, em 13 de novembro. A pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.

O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi encontrado em Maranello, cidade famosa por abrigar a fábrica e museu da Ferrari. A polícia local informou que ele foi levado pra Modena, a cerca de 21 km de distância. Segundo a assessoria da PF, “aparentemente ele estava com um documento falso”, mas não há confirmação se era o passaporte.

A polícia de Modena confirmou ao G1 que ele estava com o documento falso, mas que Pizzolato foi preso porque havia um mandado internacional de prisão contra ele.

Ainda segundo a PF, Pizzolato foi encontrado na casa de um sobrinho e estava sendo monitorado.

Operação conjunta

José Eduardo Cardozo afirmou que a prisão do ex-diretor do Banco do Brasil ocorreu em operação conjunta da polícia italiana e a Polícia Federal do Brasil. Para o ministro, a detenção responde a críticas de que a PF e o Ministério da Justiça não estariam empenhados em prender Pizzolato, já que ele foi condenado por um esquema de corrupção que ocorreu no governo petista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Foi um excelente trabalho de investigação. Essa operação responde a críticas à PF e ao Ministério da Justiça onde se dizia que não estávamos investigando como se devia, que havia acumpliciamento. Essa situação demonstra a competência da Polícia Federal brasileira, a forma republicana como essa política se comporta e o Ministério da Justiça se comporta dentro de quaisquer casos”, afirmou.

O ministro garantiu que não “diferencia pessoas” no cumprimento das tarefas da pasta. “Nós governamos pelo princípio da impessoalidade. Essa prisão responde a alguns que açodadamente foram mal nas suas críticas, criticando uma polícia que tem comportamento republicano.”

Nathalia Passarinho e Felipe Néri Do G1, em Brasília.

FONTE:http://g1.globo.com/política/mensalao/noticia/2014/02/governo-tomara-providencias-para-extradicao-de-pizzolatto-diz-cardozo.html

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